Em um ambiente de mercado marcado por flutuações, alta volatilidade e incertezas, os fundos temáticos voltados ao setor de tecnologia têm se destacado pela sua capacidade de atrair recursos e entregar resultados consistentes.
Mesmo diante de ajustes recentes, esses fundos continuam despertando o interesse de investidores institucionais e pessoas físicas em busca de crescimento e inovação.
O ano de 2025 confirma o protagonismo da tecnologia na economia global. Áreas como inteligência artificial (IA), semicondutores, computação em nuvem, segurança cibernética e tecnologias renováveis ganham cada vez mais relevância nas estratégias de investimento.
No Brasil, o setor de Tecnologia da Informação (TI) projeta um ritmo acelerado de expansão, com expectativa de crescimento de 9,5% em 2025, superando a média mundial de 8,9%. Alguns estudos chegam a apontar até 13% de expansão no mercado nacional, impulsionados por projetos de IA e automação.
Os gastos em inteligência artificial no país devem ultrapassar US$ 2,4 bilhões em 2025, um salto de 30% em relação a 2024. Essa tendência é reforçada pelo avanço da infraestrutura 5G, que já alcançou quase 40 milhões de usuários até dezembro de 2024, potencializando IoT, cidades inteligentes e novas soluções digitais.
Os ajustes globais em preços de ativos tecnológicos durante 2024 e começo de 2025 levaram gestores a adotar abordagens mais seletivas, mas não frearam o destino de recursos para fundos temáticos.
Segundo projeções, empresas de capital e fundos de investimento devem alocar cerca de US$ 244 bilhões em tecnologia entre 2025 e 2026, valor que representa um acréscimo de US$ 21 bilhões em relação ao biênio anterior.
No Brasil, o programa governamental “Mais Inovação” destina R$ 66 bilhões até 2026 para fomentar iniciativas tecnológicas. Esse incentivo público fortalece a criação de fundos dedicados à inovação, catalisando o surgimento de novas carteiras temáticas.
Essa injeção de capital reflete a confiança dos investidores na capacidade das empresas de tecnologia de superar desafios e entregar crescimento no médio e longo prazo.
Gestores de fundos temáticos observam com atenção as tecnologias que lideram a transformação digital e moldam o futuro dos negócios.
Além disso, a convergência entre IA, automação e gestão de dados abre espaço para soluções personalizadas e eficiência operacional, favorecendo modelos de negócio escaláveis.
Para compor e navegar carteiras de fundos de tecnologia, gestores adotam critérios rigorosos de seleção e monitoramento:
• Análise fundamentalista de empresas com alto potencial de crescimento, considerando receita recorrente, inovação em pipeline e governança corporativa.
• Avaliação do impacto regulatório e de políticas públicas, especialmente no caso do Brasil, onde incentivos como o programa Mais Inovação influenciam as teses de investimento.
• Diversificação entre grandes players consolidados e empresas emergentes, buscando equilíbrio entre estabilidade financeira e retorno exponencial.
O mercado de tecnologia passou por correções significativas em múltiplos e avaliações de ativos, exigindo que os fundos revissem alocações e reforçassem a gestão de risco.
Apesar desses ajustes, o fluxo de recursos permanece positivo, sustentado pela crença na curva de adoção acelerada de inovações tecnológicas e no apetite global por transformação digital.
Investir em fundos temáticos de tecnologia exige liderança estratégica e visão de longo prazo. Alguns dos principais desafios incluem:
Por outro lado, oportunidades emergem a partir de conceitos como finanças descentralizadas, energias limpas, cidades inteligentes e biotecnologia, que podem gerar retornos expressivos.
O crescimento dos fundos temáticos de tecnologia, mesmo em meio a ajustes, demonstra a importância de setores que lideram a inovação.
Ao alinhar a visão de longo prazo com uma gestão ativa e criteriosa, investidores podem capturar o potencial desses temas e compor carteiras mais dinâmicas, diversificadas e preparadas para o futuro.
Referências