Os investidores que buscam diversificação global eficaz podem encontrar nos ETFs temáticos uma solução que alia praticidade, custo reduzido e foco em tendências de longo prazo.
Este artigo detalha como esses fundos funcionam, os principais temas disponíveis, números de mercado, vantagens, riscos e exemplos práticos para quem opera na B3.
Os ETFs (Exchange Traded Funds) são fundos negociados em bolsa que replicam a carteira e a rentabilidade de um índice de referência, como o Ibovespa ou índices de renda fixa reconhecidos pela CVM.
Ao adquirir cotas, o investidor passa a deter indiretamente todos os ativos do índice, sem a necessidade de comprar cada título individualmente.
Já os ETFs temáticos são uma ramificação específica dos ETFs tradicionais: em vez de seguirem índices amplos ou setores inteiros, esses fundos acompanham índices criados com base em temas, tendências ou nichos relevantes, como tecnologia, sustentabilidade, inteligência artificial, saúde e energias renováveis.
O gestor do ETF é responsável por montar e rebalancear uma cesta de empresas globalmente alinhadas ao tema do índice subjacente. Ele ajusta as posições conforme mudanças no índice e distribuição de proventos.
Esses fundos proporcionam acesso prático a diversos mercados internacionais, permitindo que o investidor diversifique sem precisar selecionar manualmente cada empresa.
Em vez de replicar índices amplos, os ETFs temáticos reproduzem índices restritos, voltados para setores como criptomoedas, governança corporativa, responsabilidade social ou tecnologias emergentes.
O mercado de ETFs temáticos no mundo está em crescimento. Alguns dos temas mais buscados incluem:
Além desses, há ETFs voltados a setores de consumo de luxo, demografia, infraestrutura digital e até criptomoedas.
No final de 2022, o mercado americano contava com 268 ETFs temáticos, somando US$ 78,4 bilhões em ativos sob gestão, o que representa cerca de 1,3% dos US$ 5,9 trilhões totais da indústria global de ETFs.
No Brasil, o acesso ocorre principalmente por meio de BDRs de ETF (certificados lastreados em cotas de ETFs estrangeiros), mas já existem opções locais referenciadas em temas específicos.
Veja a comparação resumida:
Entre as principais vantagens, destacam-se:
Embora ofereçam menos riscos específicos de ativos individuais, os ETFs temáticos podem apresentar volatilidade elevada, pois estão concentrados em temas restritos que sofrem oscilações conjunturais.
Para mitigar esse risco, é fundamental escolher temas com fundamentos de longo prazo, como transições demográficas, avanços tecnológicos ou mudanças regulatórias estruturais.
Investidores incluem tanto instituições sofisticadas quanto o varejo, graças à democratização proporcionada por esses fundos.
No Brasil, é possível acessar ETFs temáticos por meio de BDRs na B3, com produtos que replicam índices de:
Cada produto possui metodologia e taxa de administração específicas, sendo importante analisar o prospecto antes de investir.
Os ETFs temáticos oferecem uma forma prática e diversificada de investir em tendências globais, com custos competitivos e gestão profissional.
Ao optar por esses fundos, o investidor tem acesso a setores inovadores, reduz o risco de concentração e aproveita oportunidades de crescimento de longo prazo.
Para maximizar os benefícios, selecione temas com fundamentos sólidos, mantenha uma visão de longo prazo e combine diferentes ETFs para equilibrar retorno e risco.
Referências