Você já parou para pensar nas consequências de deixar seu patrimônio sem um roteiro definido? A ausência de um planejamento patrimonial pode gerar perdas financeiras, desgastes familiares e entraves jurídicos que se estendem por anos.

Por que planejamento patrimonial é urgente?

O planejamento patrimonial consiste em organizar bens e investimentos para proteger, preservar e transmitir o patrimônio de forma eficiente. Sem essa organização, decisões impulsivas e falta de estratégia podem causar desde impactos tributários elevados até a paralisação total de negócios familiares.

Em um cenário de rápidas mudanças legislativas e incertezas econômicas, não ter uma estrutura clara e alinhada às regras vigentes significa enfrentar custos que poderiam ser evitados com uma simples antecipação.

O que está em jogo? Exemplo de grandes heranças

Imagine uma fortuna bilionária sendo transferida para herdeiros sem qualquer planejamento sucessório. Recentemente, o caso hipotético de Silvio Santos ilustra bem essa situação. Com um patrimônio estimado em R$ 1,6 bilhão, a falta de estrutura levou a projeções de impostos elevados em diferentes estados brasileiros.

Esses números mostram que, sem uma estrutura de planejamento, um mesmo patrimônio pode perder mais de R$ 190 milhões apenas em impostos, dependendo do estado e das mudanças na legislação.

Principais custos e riscos sem planejamento

• Falência ou perda parcial do patrimônio: decisões mal fundamentadas podem comprometer investimentos e levar a insolvência.
• Impostos elevados em heranças e doações: alíquotas do ITCMD podem chegar a 16%, podendo consumir parcelas enormes do espólio.
• Custos judiciais e burocráticos elevados: inventários demorados e honorários advocatícios podem somar até 10% do valor do espólio.
• Diluição do patrimônio familiar: 64% das empresas familiares brasileiras fecham após a primeira sucessão sem planejamento adequado.
• Endividamento de herdeiros: obrigações fiscais e de manutenção podem gerar dívidas imprevistas.
• Vulnerabilidade jurídica: patrimônio sem blindagem fica exposto a processos, disputas e bloqueios judiciais.

Mudanças na legislação e suas consequências

O projeto de Resolução nº 57/2019, em tramitação no Senado, pode dobrar o teto do ITCMD, levando alíquotas a até 16% em alguns estados. Além disso, a reforma tributária em debate ameaça quadruplicar a carga de impostos para famílias de alto patrimônio.

Essas propostas legislativas colocam o planejamento patrimonial como uma necessidade imediata. Sem a devida estruturação, quem não se antecipar corre o risco de ver seu legado ser consumido por tributos e disputas intermináveis.

Como o planejamento pode salvar seu legado

Uma boa estratégia patrimonial tem capacidade de:

• Minimizar a carga tributária sobre a transferência de bens.
• Facilitar e agilizar a partilha de ativos.
• Reduzir custos judiciais e burocráticos.
• Proteger ativos de disputas e litígios.
• Garantir a continuidade de negócios familiares.

Adotar essas práticas significa não apenas economizar milhões de reais, mas também preservar relacionamentos e proporcionar segurança para futuras gerações.

Estratégias mais usadas no Brasil e no exterior

• Apólices de seguro de vida (como PPLI) para planejamento sucessório.
• Constituição de holdings familiares para centralizar ativos.
• Estruturas offshore em jurisdições como Ilhas Cayman e Bahamas.
• Trusts e fundações familiares para blindagem patrimonial.
• Contratos internacionais ISDA para proteção contra volatilidades.

Cada estratégia deve ser cuidadosamente avaliada por especialistas, considerando perfil, objetivos e legislação aplicável.

Conclusão: Quanto você está disposto a arriscar?

Não planejar seu patrimônio é abrir mão de décadas de trabalho e conquistas. É permitir que imprevistos, custos exorbitantes e atritos familiares determinem o destino do seu legado.

Permita-se imaginar um futuro onde seus herdeiros recebam precisamente aquilo que você construiu, com máxima eficiência tributária e sem obstáculos judiciais. Essa visão só se torna realidade com uma ação planejada hoje.

Portanto, a pergunta final permanece: quanto do seu legado você está disposto a arriscar por falta de organização? Agir agora pode significar salvar milhões e garantir que sua história siga viva pelas próximas gerações.